Lavanda Não É Tudo Igual
- Álysson Correia
- 23 de abr.
- 4 min de leitura
Aquele cheirinho de lavanda que parece trazer paz instantânea, né? Mas deixa eu te contar uma coisa que pouca gente sabe: lavanda não é tudo igual.
Na verdade, existem diferentes espécies de lavanda e, dependendo da que você usa, o aroma muda, os efeitos terapêuticos mudam e até as indicações de segurança mudam também. E é justamente isso que pode fazer toda a diferença no seu uso da aromaterapia — especialmente se você busca resultados reais, com segurança e eficácia.
Se preferir, você pode assistir ao vídeo completo, onde explico tudo de forma prática. Mas se quiser entender tudo agora, fica comigo neste post que está cheio de informação útil.
A Lavanda Mais Famosa: Lavandula angustifolia
Vamos começar pela mais famosa e considerada a mais segura de todas: a Lavandula angustifolia, também conhecida como lavanda verdadeira, lavanda francesa ou lavanda fina.
Essa é aquela lavanda com aroma floral, levemente adocicado, que costuma ser usada para promover relaxamento profundo, aliviar tensões e induzir o sono. Ela é cultivada principalmente na França, Bulgária, Inglaterra e Austrália e se destaca por ter um perfil químico equilibrado, com alto teor de ésteres, o que justifica seu efeito calmante.
É a lavanda mais indicada para crianças, idosos, pessoas com hipersensibilidade e até animais — desde que usada com a diluição adequada. Se você quer uma lavanda que funcione bem para insônia, ansiedade ou estresse, essa é a escolha ideal.
Lavanda Brasileira: Lavandula dentata
Se o vidrinho de óleo essencial que você tem aí contigo indica lavandula dentata, você tem em suas mãos a lavanda brasileira.
Essa espécie é menos conhecida, mas aparece bastante nos jardins e em cultivos tropicais, principalmente no brasil, por isso o nome. Ela tem um porte mais robusto e folhas com uma textura quase aveludada. o aroma é diferente da lavanda angustifolia: ainda floral, mas mais verde, mais pungente, com uma nota mais herbal e canforado.
Seu uso é voltado para tensão muscular leve, dores de cabeça, respiração e ansiedade. mas atenção: ela contém pequenas concentrações de cetonas e deve ser usada com mais cautela, especialmente em crianças e gestantes.
Lavanda Aspic: Lavandula latifolia
Agora, se você pegou uma lavanda com cheiro mais canforado, fresco e até um pouco pungente, pode ter caído na Lavandula latifolia, conhecida como lavanda aspic ou spike.
Essa espécie tem uma composição completamente diferente da lavanda verdadeira. Ela é rica em cineol e cânfora, o que dá a ela um poder mucolítico e expectorante muito forte. É excelente para problemas respiratórios e dores musculares, mas também é mais estimulante do que calmante.
Ou seja, usar essa lavanda antes de dormir ou com crianças pequenas pode não ser uma boa ideia. Em vez de relaxar, ela pode acabar gerando agitação. Mas para adultos, em momentos de fadiga ou durante uma gripe, ela pode ser bastante eficaz.
Minha indicação de Lavanda Aspic: aqui.
Lavandins: os Híbridos entre Espécies
E ainda temos os lavandins, que são híbridos entre a Lavandula angustifolia e a Lavandula latifolia. O mais comum deles é o Lavandim Grosso, mas também existem o Lavandim fino, o Super e outros menos conhecidos.
Eles são cultivados em larga escala porque produzem maior volume de óleo essencial e têm um aroma mais marcante. No entanto, por herdarem compostos da lavanda spike, também possuem cânfora e cineol em sua composição.
Na prática, os lavandins são ótimos para quem busca um relaxamento físico, principalmente muscular, e querem um custo-benefício melhor. Mas, para quem busca um efeito emocional mais sutil, como ansiedade leve ou insônia, eles podem não ser tão eficazes quanto a lavanda verdadeira.
Por Que Essa Diferença Importa?
Saber qual tipo de lavanda você está usando é essencial para garantir segurança, eficácia e o resultado que você espera.
Por exemplo:
Você pode comprar “óleo essencial de lavanda” achando que vai dormir melhor, mas se for lavanda spike, pode ficar mais alerta.
Pode usar um lavandin achando que é 100% suave e descobrir depois que sua pele reagiu porque ele é mais agressivo para peles sensíveis.
É por isso que sempre oriento: olhe o nome botânico no rótulo. Essa é a única forma confiável de saber o que você está levando.
Conclusão: Lavanda é Muitas em Uma Só
Agora você já sabe que lavanda não é tudo igual. Existem vários tipos de lavanda, cada um com sua personalidade, seu perfil químico e sua aplicação terapêutica.
Se você quer aproveitar de verdade os benefícios da aromaterapia com lavanda, precisa conhecer essas diferenças. Assim, você escolhe o óleo essencial certo, para o objetivo certo, e evita frustrações ou até riscos desnecessários.
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A gente se vê no próximo conteúdo! 🌿
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